O Executivo Roland de Bonadona divide seu tempo entre os hotéis e as corridas.
“Um setor belíssimo que mesmo com a invasão digital depende essencialmente de gente”. A frase é de Roland de Bonadona, CEO Accor HotelServices Américas e Caribe e um dos grandes nomes da hotelaria no Brasil atualmente.
Formado em Administração e Sociologia, o executivo nasceu no dia 29 de maio de 1950, em Chatou, uma pequena cidade próxima de Paris, e ingressou no ramo hoteleiro em 1973, em uma rede de restaurantes e tickets que se juntaria ao grupo Novotel para em 1983 formar a Accor. “Comecei como trainee de restaurantes e em 1987 mudei para a área hoteleira na sede do grupo, em Paris, com a responsabilidade de cuidar do desenvolvimento da marca Sofitel”, conta.
Dois anos mais tarde, veio para o Brasil especialmente para conhecer a rede Quatro Rodas, que interessava à rede francesa. “Desde meus anos de estudante sonhei em visitar o Brasil. Descobri o País pelas lindas fotos e a bossa nova no Discophage, um bar com música ao vivo do Quartier Latin (na França) onde cantavam artistas brasileiros”, explica.
Detalhista, Bonadona lembra que chegou ao País com a mulher e os quatro filhos de 2, 3, 5 e 13 anos em 15 de março de 1990, dia da posse do presidente Fernando Collor. “A inflação tinha atingido 80% no mês anterior. Passei pela fase de penúria e pelos dois grandes planos econômicos, Collor 1 e Collor 2, que seguiram deixando a economia exausta e os hotéis às moscas. Aprendi a conviver com os excessos e os paradoxos, mas também com os grandes sonhos e as inúmeras oportunidades deste País que se tornou a minha segunda pátria”, conta.
Em 1994, o executivo assumiu a direção da área hoteleira do grupo no Brasil, depois passou a administrar toda a América do Sul e, em seguida, o México. Hoje são 270 hotéis operando nas Américas sob sua responsabilidade, além de 200 outros em diferentes fases de implantação.
Hobby e planos para o futuro
Adepto à corrida, Bonadona diz que costuma praticar o esporte sempre que pode. “Corro uma média de 100 quilômetros por mês, às vezes 200”, diz. Quando pode, o executivo é figurinha carimbada em corridas de rua. Somente no ano passado participou de cinco meia-maratonas. “Gosto de praticar em lugares diferentes quando viajo, já corri no Central Park (EUA); no cais do Seine (França); no Hyde Park (Inglaterra); Porto Madeiro (Argentina); Esplanada dos Ministérios (Brasil), em volta da linda cidade histórica de Cartagena (Colômbia), no Malecon (Uruguai), à beira-mar em Auckland (Austrália) e outros”. Quando está em São Paulo, a corrida é em parques.
Para o futuro, além de se dedicar à família, Bonadona diz que vai continuar a se interessar pelo setor de turismo, viajar e correr em muitos lugares que ainda não conhece, como a Escandinávia, o sudeste da Ásia, o Japão, a Índia e a Polinésia. “Quero retomar a prática de violão e, quem sabe, compartilhar minha experiência por meio de consultoria ou aulas”.
Bate-bola
- Um hotel (que não seja Accor) - Chief Camp Lodge, em Botswana
- Um lugar no Brasil - Praia de Copacabana vista do terraço do Sofitel
- Um lugar na França - O Square du Vert Galant (Paris)
- Um lugar no mundo - Os fiordes da Escandinávia (que pretende conhecer)
- Uma bebida - Perrier
- Um livro - A biografia de Steve Jobs
- Uma banda - Beatles
- Um ídolo - O General de Gaulle, grande estadista e homem providencial
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